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Ariel Subira | Rosário (ARG)

A vidas dos trabalhadores argentinos, tijolo por tijolo.

31 de ago. de 232 min de leitura
31 de ago. de 232 min de leitura

Nos arredores de Rosário, cidade do interior da Argentina, às margens do Canal Ibarlucea e da Rota 34, existe uma área onde a produção de tijolos é diária.

Nos fundos das casas ou em maior escala de produção, mantêm o mesmo processo. São feitos à mão e com recursos básicos, sem grandes máquinas, tudo feito dia a dia, tijolo a tijolo.

O ofício de oleiro, que em sua grande maioria foi aprendido por herança ou necessidade, é a atividade que exerciam em sua terra. Chegaram há muito tempo, quando o Estado provincial do Chaco os convidou a ir em busca de uma nova vida em outro lugar.

Ali falta tudo: todas as necessidades básicas, como água potável, esgoto, posto de saúde, educação. Seus terrenos, adquiridos do município a baixo custo, hoje são reivindicados por uma empresa dedicada à construção de bairros privados.

Vivem onde o Estado municipal sacia sua sede de culpa enviando semanalmente um caminhão de água potável. Desde que não chova, pois se chover três dias seguidos o canal inunda e a área fica submersa.

Com um processo de elaboração de verdadeiros artesãos, sempre à deriva do clima, um bom dia de sol é essencial e garante o dia de trabalho. A necessidade e a forma de fazê-lo significam que, para sustentar a produção, as crianças e os adolescentes são envolvidos juntamente com os adultos. Como Leo e o Urso, dois irmãos adolescentes, de quatorze e dezesseis anos, que apesar da idade trabalham ao lado do pai como verdadeiros adultos. Ou Diego, que vai trabalhar todos os dias para sustentar a filha de um ano. Mesmo assim, não param de apostar no trabalho de cada dia.

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